Por: Bruno Lara
Na medicina, Dislexia é o termo que corresponde ao transtorno de aprendizagem que atrapalha principalmente crianças e adolescentes na evolução dos conteúdos como a escrita, a leitura, operações simples da matemática, na distinção de pontos cardeais e percepção rápida dos lados como direita, esquerda, frente e trás. Na política, por sua vez, a sociedade se vê confusa quanto à ideologia partidária dos mais de trinta partidos políticos do Brasil. Ora trabalhadores como Dilma Rousseff (PT) com apoio dos democráticos conservadores como José Sarney (PMDB, ex-ARENA), ora conservadores como o Senador Fernando Collor de Melo (PTB ex-ARENA) recebe apoio do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no estado de Alagoas. Nesse emaranhado de ideologias - ou da falta delas - a população continua sem saber o que os alguns políticos defendem.
Política Direita Vs Esquerda
Quando se adentra no mundo da política, e para os não envolvidos diretamente isso acontece apenas de dois em dois anos, entende-se a importância de se ter um lado e defendê-lo com unhas e dentes, mesmo que este possa ser o lado inimigo lá no futuro. A linha tênue entre a esquerda que em tese defende o socialismo como forma de migração para um comunismo de fato - que por sinal não há precedentes na história a não ser uma teoria criada por Karl Marx em meados de 1870 – e a direita que defendem a hierarquia social e, por consequência, a desigualdade de classes sociais como realidade inexorável, a favor da concentração de renda e de serviços, e do clientelismo, teoria essa muitas vezes confundida com a ditadura militar, o que é diferente. É o lado conservador da política, que concorda com o capitalismo com justificativa baseada em tradição ou lei natural enquanto a esquerda representa o lado progressista.
Os termos “direita” e “esquerda” foram adotados para descrever as divergentes posições políticas durante a revolução francesa (1789-1799), referindo-se apenas aos lugares que ocupavam o parlamento francês, quando os sentados à direita do presidente parlamentar foram, em ampla maioria, favoráveis a manter o antigo regime (Aristocrático). Na prática, a bipolarização da política é errônea, pois cada organização política pensa de uma maneira a respeito de um ou outro tema e muitas vezes concordam com aqueles que julgam opositores.
O dado atual é que pelo menos um em cada quatro deputados federais trocou de partido nos últimos três anos. A estimativa é que 128 parlamentares trocaram de sigla e foram registradas 142 trocas. Para conter essa infidelidade o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou em 2007 uma resolução que obrigado o político a deixar o mandato para o partido caso troque, salvo na criação de novos partidos, o que motivou a entrada de mais duas agremiações em 2013.
Política Direita Vs Esquerda
Quando se adentra no mundo da política, e para os não envolvidos diretamente isso acontece apenas de dois em dois anos, entende-se a importância de se ter um lado e defendê-lo com unhas e dentes, mesmo que este possa ser o lado inimigo lá no futuro. A linha tênue entre a esquerda que em tese defende o socialismo como forma de migração para um comunismo de fato - que por sinal não há precedentes na história a não ser uma teoria criada por Karl Marx em meados de 1870 – e a direita que defendem a hierarquia social e, por consequência, a desigualdade de classes sociais como realidade inexorável, a favor da concentração de renda e de serviços, e do clientelismo, teoria essa muitas vezes confundida com a ditadura militar, o que é diferente. É o lado conservador da política, que concorda com o capitalismo com justificativa baseada em tradição ou lei natural enquanto a esquerda representa o lado progressista.
Os termos “direita” e “esquerda” foram adotados para descrever as divergentes posições políticas durante a revolução francesa (1789-1799), referindo-se apenas aos lugares que ocupavam o parlamento francês, quando os sentados à direita do presidente parlamentar foram, em ampla maioria, favoráveis a manter o antigo regime (Aristocrático). Na prática, a bipolarização da política é errônea, pois cada organização política pensa de uma maneira a respeito de um ou outro tema e muitas vezes concordam com aqueles que julgam opositores.
O dado atual é que pelo menos um em cada quatro deputados federais trocou de partido nos últimos três anos. A estimativa é que 128 parlamentares trocaram de sigla e foram registradas 142 trocas. Para conter essa infidelidade o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou em 2007 uma resolução que obrigado o político a deixar o mandato para o partido caso troque, salvo na criação de novos partidos, o que motivou a entrada de mais duas agremiações em 2013.
O entendimento é confuso até para quem pratica a política no seu dia-a-dia. Agremiações de extremos conservadores que apoiam partidos republicanos e ou até chamem a si próprios de progressistas, do mesmo modo partidos capitalistas apoiando partidos trabalhistas, o que beira o sarcasmo. O Partido Progressista (PP), criado por militantes saídos da ARENA - antigo partido dos militares brasileiros - hoje apoia o Partido dos Trabalhadores. O maior ícone do PP a nível nacional é Paulo Maluf, que apoiou o PT em 2013 na figura do ex-presidente Lula e volta, junto com seu partido, a apoiar novamente em 2014. O Senador Fernando Collor de Melo (PTB ex-ARENA) hoje é apoiado pelo Deputado Federal Augusto Coutinho, hoje no Partido Solidariedade, mas que foi vice-presidente do Partido da Frente Liberal (PFL), partido esse responsável por tirar a presidência das mãos dos militares (ARENA), da qual a possuíram por vinte e um anos, elegendo Tancredo Neves que, misteriosamente, morreu antes de tomar posse deixando o mais alto posto do executivo para José Sarney, da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). | Brasil No Brasil existem 32 partidos políticos, dentre eles as mais diversas doutrinas são representadas como os Socialistas, Comunistas, Capitalistas, Trabalhistas, Democráticos, Social Democráticos, Republicanos, Humanistas, Ecológicos, entre outros. A sociedade, por sua vez, tem dificuldade na identificação dessas ideologias, o que causa o conforto dessas organizações em “trocar de lado” e apostar no prestígio de seus representantes na busca dos votos. Alguns estudiosos acreditam que essas alianças se dão por dois principais fatores: O primeiro é o fundo partidário, dinheiro proveniente da união para auxiliar os partidos em suas campanhas que tem 5% de distribuição igualitária e 95% proporcional aos representantes de cada agremiação no congresso nacional; O segundo motivo seria o tempo de televisão que também é proporcional a representação das siglas na bancada da Câmara Federal. |
Cenário Eleitoral Nacional
Embora com 6,6 mil políticos em todo país considerados irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e proibidos de participar dessas eleições graças à lei de iniciativa popular da Ficha Limpa, o cenário para a presidência da república deste ano é diferente. Na frente das pesquisas com 39% das intenções de voto a atual presidente Dilma Rousseff (PT); Em seguida Aécio Neves (PSDB), com 21% das intenções de voto; Eduardo Campos (PSB) com 10%; Pastor Everaldo (PSC) com 3%; Magno Malta (PR) com 2%; Luciana Genro (PSOL), Denise Abreu (PEN), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Mauro Lasi (PCB) e Eduardo Jorge (PV) contabilizaram 1% ou menos nas intenções de voto.
Para ajudar na confusão, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou que está aberto para a maioria dos presidenciáveis, deixando em aberto palanque para Dilma, Aécio e Pastor Everaldo no estado. Intitulando-se como via alternativa a polarização PT-PSDB que governa o país por dezenove anos consecutivos, desde 1995 com a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), deixou o governo Dilma do qual permaneceu por dez anos em 2013 se lançando pré-candidato ao planalto com o apoio da ex-senadora Marina Silva (REDE), que teve o registro do seu partido, Rede Sustentabilidade, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em dezembro do ano passado, alegando não haver o montante de assinaturas – 591 mil - necessárias para o registro. Também neste emaranhado, o PSB recebe o apoio do PSDB no estado de Pernambuco e do senador Pedro Simon e do seu partido, o PMDB no Rio Grande do Sul e palanque com Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Apoio este que é de Dilma no diretório nacional e de Aécio Neves no Rio de Janeiro.
ELEIÇÕES DE 1989
Até hoje a histórica disputa eleitoral de 1989 influencia nas disputas eleitorais em todo país. Disputada com ícones da política nacional atual como Luis Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Collor, do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Mário Covas (PSDB), Ulysses Guimarães (PMDB), Enéas Carneiro, do Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), Fernando Gabeira, do Partido Verde (PV) e Silvio Santos, do Partido Militar Brasileiro (PMB), com segundo turno entre PT e PRN, Collor venceu em vinte estados, enquanto o petista levou seis estados e mais o Distrito Federal, uma diferença de cinco mil votos.
Ancorados nestas figuras e, muitas vezes, usando-as como referência, os políticos contemporâneos baseiam seus discursos no próprio carisma e na figura de seus líderes expressivos. Dilma têm Lula e a fidelidade partidária, teria Brizola não fossem os embates do mesmo com Lula no passado; Aécio têm Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e Tancredo Neves, embora seja a primeira vez que FHC seja usado como referência em uma campanha política; Eduardo Campos têm Luiza Erundina, do falecido avô Miguel Arraes, de Marina Silva e, com isso, Fernando Gabeira, tendo como ponto negativo nenhum deles ter chegando a presidente da república.
Embora com 6,6 mil políticos em todo país considerados irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e proibidos de participar dessas eleições graças à lei de iniciativa popular da Ficha Limpa, o cenário para a presidência da república deste ano é diferente. Na frente das pesquisas com 39% das intenções de voto a atual presidente Dilma Rousseff (PT); Em seguida Aécio Neves (PSDB), com 21% das intenções de voto; Eduardo Campos (PSB) com 10%; Pastor Everaldo (PSC) com 3%; Magno Malta (PR) com 2%; Luciana Genro (PSOL), Denise Abreu (PEN), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Mauro Lasi (PCB) e Eduardo Jorge (PV) contabilizaram 1% ou menos nas intenções de voto.
Para ajudar na confusão, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou que está aberto para a maioria dos presidenciáveis, deixando em aberto palanque para Dilma, Aécio e Pastor Everaldo no estado. Intitulando-se como via alternativa a polarização PT-PSDB que governa o país por dezenove anos consecutivos, desde 1995 com a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), deixou o governo Dilma do qual permaneceu por dez anos em 2013 se lançando pré-candidato ao planalto com o apoio da ex-senadora Marina Silva (REDE), que teve o registro do seu partido, Rede Sustentabilidade, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em dezembro do ano passado, alegando não haver o montante de assinaturas – 591 mil - necessárias para o registro. Também neste emaranhado, o PSB recebe o apoio do PSDB no estado de Pernambuco e do senador Pedro Simon e do seu partido, o PMDB no Rio Grande do Sul e palanque com Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Apoio este que é de Dilma no diretório nacional e de Aécio Neves no Rio de Janeiro.
ELEIÇÕES DE 1989
Até hoje a histórica disputa eleitoral de 1989 influencia nas disputas eleitorais em todo país. Disputada com ícones da política nacional atual como Luis Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Collor, do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Mário Covas (PSDB), Ulysses Guimarães (PMDB), Enéas Carneiro, do Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), Fernando Gabeira, do Partido Verde (PV) e Silvio Santos, do Partido Militar Brasileiro (PMB), com segundo turno entre PT e PRN, Collor venceu em vinte estados, enquanto o petista levou seis estados e mais o Distrito Federal, uma diferença de cinco mil votos.
Ancorados nestas figuras e, muitas vezes, usando-as como referência, os políticos contemporâneos baseiam seus discursos no próprio carisma e na figura de seus líderes expressivos. Dilma têm Lula e a fidelidade partidária, teria Brizola não fossem os embates do mesmo com Lula no passado; Aécio têm Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e Tancredo Neves, embora seja a primeira vez que FHC seja usado como referência em uma campanha política; Eduardo Campos têm Luiza Erundina, do falecido avô Miguel Arraes, de Marina Silva e, com isso, Fernando Gabeira, tendo como ponto negativo nenhum deles ter chegando a presidente da república.
Dados:
DEPUTADOS FEDERAIS: 128 trocaram de partido. No mandato de 2011 à 2015. Isso significa que 25% da Câmara Federal mudou de partido. | - 142 TROCAS DE PARTIDO - 114 DEPUTADOS TROCARAM UMA VEZ - 11 TROCARAM DUAS VEZES - 3 VOLTARAM PARA O MESMO PARTIDO |
O Recordista das trocas partidárias atualmente é o Deputado Federal licenciado Maurício Trindade (Pros-BA). No saldo, passou por sete partidos em 19 anos. Passou pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB), pelo Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Trabalhista (PST), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Liberal (PL), Partido da República (PR) e Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
PPB, 1995-1996;
PSC, 1996-2001;
PST, 2001-2002;
PSDB, 2003;
PL, 2005-2007;
PR, 2007-2013;
PROS, 2013- atual.
PPB, 1995-1996;
PSC, 1996-2001;
PST, 2001-2002;
PSDB, 2003;
PL, 2005-2007;
PR, 2007-2013;
PROS, 2013- atual.